domingo, 1 de julho de 2012

Cortisol - O hormônio do estresse



O Cortisol possui muitas funções no organismo humano sendo o principal hormônio produzido pelas glândulas supra-renais e além de ser um bom marcador para essas, também possui grande importância no estresse.


Glândulas supra-renais

Anatomicamente se posicionam acima dos rins e são vitais pois atuam na regulação do sódio, potássio, água, carboidratos e diversas reações do organismo perante o estresse (cortisol). Por este motivo, pacientes submetidos a adrenalectomia tem sobrevida bastante curta. Além do cortisol, produz hormônios como aldosterona, adrenalina e noradrenalina.

O Cortisol

É um hormônio corticosteróide, da família dos esteróides produzido pela região superior das glândulas supra-renais. Na farmacologia é utilizado como antiinflamatório no combate as alergias, artrite reumatóide e alguns tipos de câncer.

Suas principais funções são o estímulo da quebra de proteínas e gorduras no fígado bem como o início da metabolização da glicose, sendo antagônico a insulina e análogo ao glucagon.

Os níveis de cortisol são regulados através de um balanço com o ACTH (Hormônio Adrenocorticotrófico) e CRH (Hormônio Liberador de Corticotrofina) da pituitária e hipotálamo, respectivamente. Níveis elevados de ACTH estimulam a córtex adrenal a liberar cortisol que, ao atingir determinados níveis, suprimem o ACTH num feedback negativo.

Cortisol x Estresse

A palavra estresse tem seu significado bastante claro, ou seja, podemos dizer que algo ou alguém esta em situação de estresse quando é submetido a uma "pressão" ou "insistência" além do comum. Essas situações podem ser perduráveis ou passageiras, por exemplo quando o nosso corpo se depara com situações de risco e de maneira abrupta necessita que suas funções sejam potencializadas gerando mais energia para colocar em prática a melhor decisão, "luta x fuga".

Em termos fisiológicos, o cortisol quando liberado na corrente sanguínea aumenta a pressão sanguínea e faz com que o fígado aumente o metabolismo da glicose, disponibilizando-a em maior quantidade aos tecidos. Ao mesmo tempo em que todas as funções anabólicas de reconstrução e renovação tecidual param para exercer funções catabólicas de obtenção de energia.

Quando o indivíduo retorna a situação de repouso, o cortisol volta a condições normais e todos os processos por ele exacerbados também retornam ao normal.

O problema ocorre quando este tipo de situação não é pontual, mas continua por longos períodos fazendo com o que o hormônio continue aumentado no organismo e mantendo os processos descritos acima. Isso causa uma diminuição drástica das reservas energéticas contidas nos tecidos principalmente nos musculares, causa hiperglicemias juntamente com o aumento da resistência a insulina pelos tecidos.

Laboratório

O cortisol e o ACTH normalmente apresentam variações circadianas com picos no período da manhã, sendo os maiores níveis encontrados em torno de 08:00h da manhã e os menores mais a tarde. Assim, é aconselhável realizar a coleta às 08:00h para diagnóstico de insuficiência adrenal e depois das 16:00h para diagnóstico de síndrome de Cushing.

Valores aumentados: síndrome de Cushing, síndromes de hipersecreção ectópica de ACTH ou CRH, carcinoma ou adenoma adrenal, displasia ou hiperplasia adrenal micro ou macronodular, estresse.

Valores diminuídos podem ser encontrados em insuficiência adrenocortical (síndrome de Addison), síndrome adrenogenital e hipopituitarismo.

Valores de Referência

Pela manhã : 5,5 a 30,0 ug/dL
A tarde e a noite : 2,0 a 14,5 ug/dL


Fontes:
Ogrupo.org.br
Wikipedia
Laboratório Alvaro





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